domingo, 13 de dezembro de 2009
Novidades e Amizade...
Ao fim de uns largos tempos, cá estou eu novamente, a ddar um pouco de mim...
Dei por mim a pensar como as coisas, a vida, as pessoas, são engraçadas. Tudo é relativo. Conheço pessoas que me tentam enganar, mas, dessas nem falo, são demasiado "transparentes" para mim.
Conheço pessoas que me ajudam e que gostam de mim, uma dessas pessoas foi a M. uma pessoa que tinha mais em comum comigo do que eu alguma vez poderia sonhar, conhecemo-nos num pequeno blog do Ciber-espaço. Surpreendeu-me pela positiva, madura, simpática, objectiva e querida. Tem-me ajudado em questões muito complicadas da minha vida!
Depois a novidade é que tenho uma Cadela (não "não apanhei uma cadela!") tenho sim uma cadela (feminino de Cão), (pensando nisso já não apanho uma cadela há muito tempo... Bom talvez apanhe um gato...).
É linda! Adoro-a! É a minha "bichinha" acompanha-me para quase todo o lado.
Chamo-lhe a minha Loba, o meu Anjo Branco, ela representa a Paz e o Amor, o Carinho e tudo o que sinto de bom. É a Ternura.
É sentir-me doce só de olhar para ela, sentir que esta fofa vale todos os sacrificios. E ter a honra de dar o meu Amor a um animal que foi abandonado de forma fria e cruel.
ELA É O AÇUCAR DA MINHA VIDA QUE ADOÇA OS MEUS DIAS COM OS SEUS MIMOS!!!
Bom e por hoje é tudo.
Cumprimentos meus e Lambidelas da minha "menina" que dorme gentilmente ao meu lado no chão...
P.S.: Prometo escrever em breve ;) Beijinho M.El
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Humor (especialmente útil) Dic. Açoriano - Português
Dicionário Açoriano - Português:
Can't- Significa que não está quente. Ex: O café está can't.
Can - Usado por quem sofre de amnésia. Ex: Can sou eu?
To see- Onomatopeia que representa tosse. Ex: Eu nunca to see tanto na vida.
Cream - Significa roubar, matar Ex: Ele cometeu um cream.
Dark - Significa generosidade, dar. Ex: É melhor dark receber.
Date - Vocábulo usado para mandar deitar. Ex: Date-se aí!
Day - Vocábulo usado para dar. Ex: Day-lhe um presente.
Ice- Expressão de desejo. Ex: Ice se ela me beijasse!
Lay- Norma a ser seguida . Ex: Roubar é contra a lay.
May go - Pessoa dócil, afável. Ex: Ele é muito may go.
Monday - Vocábulo usado para ordenar. Ex: Ontem monday lavar o carro.
Must go - Significa mastigar. E: Ele colocou a pastilha na boca e must go.
New - Sem roupa . Ex: ele saiu new de casa.
Part - Lugar para onde mandamos as pessoas. Exemplo: Vá para o raio que o part!
Packer - Prefixo que indica bastante. Exemplo: Eu gosto dela packer-amba!
Paint- Artefacto para pentear o cabelo. Ex: Me empresta o paint.
River- Pior que feio. Ex: Ele é o river.
Sad- Quando se precisa de água. Ex: No deserto as pessoas sentem sad.
Show- Verbo que indica afirmação. Ex: Eu show eu!
Vain- Do verbo vir. Ex: Eles vain hoje?
Year- Deixar, partir. Ex: Ele teve que year?
O Amor (por Miguel Esteves Cardoso)
Não podia estar mais de acordo com o texto que se segue, embora não seja seguidor e não goste muito até da personagem em si (Miguel Esteves Cardoso) considero este texto brutalmente... Verdadeiro!
Uma bela reflexão acerca de um sentimento que deveria ser tão nobre, tão doce e tão puro…
Será que, ainda assim, amar vale a pena?
Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro.
Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje, as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia, as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em “diálogo”. O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam “praticamente” apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do “tá bem, tudo bem”, tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso “dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor.
A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.”
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